Foto: Divulgação
Com os festejos juninos prestes a começar na capital e no interior da Bahia, é preciso destacar cuidados a serem tomados com um elemento mais que tradicional na festa: a fogueira. Fonte de calor para esta época em que são registradas temperaturas mais baixas, e um ícone da noite que antecede o dia de São João, celebrado em 24 de junho, ela exige atenção pela fumaça que expele, principalmente quando são utilizados alguns materiais específicos em sua composição.
A necessidade do cuidado foi apontada pelo médico do Hospital Santa Izabel Nilvano Andrade, especialista em otorrinolaringologia. “A fumaça é prejudicial a depender também daquilo que está sendo inalado. Se você analisar os tipos de fumaça, cada uma vai ter uma toxicidade diferente. E também o período de contato com cada fumaça vai dizer o tipo de complicação”, destacou o profissional.
As pessoas que já sofrem de doenças respiratórias precisam ter ainda mais cuidado na hora de aproveitar a fogueira segundo o médico. “Quando começa a somar temperatura, inalação de fumaça… você vai começa a detonar a via respiratória”, argumentou ele, que ainda advertiu para a atenção ao nariz. “É importante lembrar que tudo aquilo que chega ao pulmão, chega pelo nariz. Então você tem que tratar bem o nariz, para tratar bem o pulmão”, aconselhou Nilvano.
“A fogueira soma consequências que demandam cuidado”, considerou o otorrino, ao instruir sobre a distância adequada para que ninguém seja privado da tradição. Não se deve ficar tão próximo à fogueira, uma vez que os riscos proporcionados por ela vão além da fumaça.
Outro elemento que precisa ser observado são as roupas utilizadas e o que fazer com elas depois de queimar a fogueira. De acordo com o médico, é importante que as roupas utilizadas durante a queima da fogueira sejam trocadas assim que a festa acabar. “Quando você tem contato com esse tipo de queima, a roupa vai ficar impregnada, então a roupa vai manter esse contato [com os inalantes]” ressaltou o profissional.