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Conclusão do TCU sobre relógio de Lula não vai beneficiar Bolsonaro, diz PF

Conclusão do TCU sobre relógio de Lula não vai beneficiar Bolsonaro, diz PF

Foto: Polícia Federal/assessoria

O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) permitindo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fique com relógio de ouro que ganhou em seu primeiro mandato não interfere na investigação sobre as joias sauditas recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Andrei, a ação da PF abrange uma série de condutas, “indo além de questões meramente administrativas”. Citou como exemplos de condutas investigadas a “omissão de dados/informações”, a “ocultação de movimentação de bens” e a “advocacia administrativa”. Em nota enviada nesta quinta-feira (8), o diretor-geral da corporação também afirmou que a conclusão do TCU não interfere no posicionamento da PF.

“A análise da existência de crime independe do posicionamento do Tribunal de Contas, cabendo ao sistema de justiça criminal a apreciação das condutas e suas circunstâncias para então concluir pela ocorrência ou não de crime”, diz o comunicado da polícia.

Para Andrei Rodrigues, a decisão do TCU só reconheceu que, sem legislação específica sobre a incorporação de presentes por presidentes da República, a competência para investigar possíveis crimes é do sistema de Justiça criminal.

O diretor-geral disse ainda que o inquérito da PF sobre o caso das joias segue o curso e que os próximos passos serão definidos pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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