Foto: Alberto Lopes
A situação descrita reflete um problema comum em muitas obras públicas no Brasil: o início de projetos que, por má gestão, falta de fiscalização, corrupção ou planejamento inadequado, acabam não sendo concluídos, trazendo mais problemas do que soluções para a população.
No caso específico da canalização do Riacho do Sapé, é evidente que o objetivo inicial de reorganizar o perímetro, construir galerias de escoamento e melhorar a infraestrutura local foi prejudicado por falhas no processo de execução. As quedas recorrentes dos muros de contenção, a presença de mato, lixo e entulhos, bem como o entupimento das bocas de lobo e manilhas, mostram a falta de manutenção adequada e o descaso com a continuidade da obra.
Além dos impactos ambientais e urbanos, essa situação causa transtornos diretos para os moradores, como alagamentos, proliferação de doenças e desvalorização imobiliária, afetando diretamente a qualidade de vida da comunidade.
Para reverter esse cenário, seria necessário:
1º Auditoria da obra: Investigar os recursos já aplicados, identificar irregularidades e responsabilizar as empresas envolvidas em falhas estruturais.
2º Replanejamento técnico: Elaborar um projeto atualizado, considerando as falhas do anterior, com especificações técnicas adequadas.
3º Revisão contratual: Garantir que futuras contratações incluam cláusulas que assegurem a conclusão dentro do prazo e com qualidade.
4º Fiscalização comunitária: Envolver a população local no acompanhamento da retomada da obra para garantir maior transparência.
5º Ação governamental efetiva: O atual gestor municipal precisa priorizar a finalização da obra, buscando recursos estaduais ou federais se necessário.
Sem uma solução concreta, a obra continuará a simbolizar o desperdício de dinheiro público e o abandono por parte das autoridades, agravando os problemas enfrentados pela comunidade.
