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Polícia Rodoviária Estadual recupera moto com irregularidades na BR-415, em Jacaraci

Foto – Divulgação / PRE-BA

Policiais militares da Companhia Independente de Polícia Rodoviária (CIPRv/Brumado) apreenderam, na tarde desta segunda-feira (6), uma motocicleta com sinais de adulteração na BR-415, no município de Jacaraci, sudoeste da Bahia.

De acordo com a corporação, a ação ocorreu por volta das 12h20, durante uma operação de fiscalização realizada pela Guarnição do TOR (Tático Ostensivo Rodoviário). Durante a abordagem, os agentes constataram que o veículo apresentava irregularidades no número do motor e do chassi, indicando possível adulteração.

O condutor e a motocicleta foram encaminhados à Delegacia Territorial de Jacaraci para a adoção das medidas legais cabíveis.

Foto: Redes Sociais

Uma menina de três anos morreu após se afogar na piscina de uma chácara em Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia, na tarde de domingo (5). Segundo informações de familiares, o acidente aconteceu durante a comemoração de um aniversário, quando todos estavam reunidos no local.

A criança, identificada como Ana Laura Soares Moura, foi encontrada inconsciente dentro da piscina. Desesperados, os familiares a colocaram em um carro e a levaram imediatamente para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima, que ficava a cerca de 30 minutos da chácara.

De acordo com o relatório da Polícia Civil, Ana Laura chegou à unidade em parada cardiorrespiratória. A equipe médica realizou manobras de reanimação e conseguiu restabelecer os sinais vitais após cerca de 15 minutos, mas, pouco tempo depois, a menina sofreu uma nova parada e não resistiu.

Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionada para realizar a transferência da criança para um hospital, porém, quando chegou à UPA, ela já havia morrido. O caso será investigado pela Delegacia Territorial de Luís Eduardo Magalhães.

Foto: Reprodução/TV Sudoeste

Um homem de 30 anos foi morto com cerca de 70 tiros na cidade de Iguaí, localizada no sudoeste da Bahia. A companheira da vítima presenciou o crime, que aconteceu próximo à casa dele, no domingo (5). Segundo informações da TV Sudoeste, afiliada da TV Bahia na região, a vítima é Igor Nunes Gonzaga. Conforme a Polícia Militar (PM), o caso aconteceu no bairro Arnulfo Órfão, onde o homem foi abordado por um grupo composto por sete homens que estavam em uma caminhonete branca. Os suspeitos desembarcaram do veículo e dispararam contra a vítima. Em depoimento à polícia, a companheira de Igor relatou que reconheceu uma das pessoas que atirou contra ele. Ainda segundo a PM, a vítima foi atingida por disparos de diferentes calibres: mais de 60 tiros eram de pistola calibre 380 e os outros de fuzil. Além de ser alvejado, o corpo do homem também tinha sinais de atropelamento. O homem teria envolvimento com o tráfico de drogas e a motivação para o assassinato é investigada pela polícia. O corpo da vítima foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Itapetinga nesta segunda-feira (6).

Foto: Reprodução

A semana começou sangrenta em Jequié, com três casos violentos registrados em pontos diferentes da Cidade Sol. O primeiro caso, ainda na madrugada desta segunda-feira (06/10) resultou na morte de uma adolescente de 16 anos, Vera Lúcia Rodrigues Costa, que segundo registro policial foi encontrada morta na Rua João Santana, no bairro Jequiezinho e a menor teria sido agredida pelo namorado, outro adolescente, de 17 anos, que de acordo com a Delegacia de Atendimento à Mulher -DEAM teria confessado, ao ser apreendido, a autoria do crime.

Horas depois, o corpo de um jovem que estava desaparecido foi encontrado com marcas de violência às margens da BR-116, na entrada da cidade.

Já por volta das 19h, um homem identificado como João Vitor foi morto a tiros por indivíduos que se aproximaram do mesmo e efetuaram os disparos em frente a uma tabacaria no bairro Curral Novo, às margens da BR-330, no mesmo local outro homicídio havia sido registrado na semana passada. O corpo de João foi periciado e encaminhado ao Instituto Médico Legal. A Polícia Civil instaurou inquérito e apura as causas e autoria do caso. *Por Marcos Frahm/BMF

Foto: Divulgação

Na madrugada deste domingo (05/10), por volta das 03h00, foi registrado mais um caso de roubo de moto no município. Desta vez, a ocorrência aconteceu no centro da cidade, na Rua Ursino Tanajura Meira.

Segundo informações preliminares, a vítima foi surpreendida por criminosos durante a madrugada, quando transitava pela via. Os autores do crime conseguiram levar a motocicleta e fugiram logo em seguida.

Esse é mais um registro que se soma a outros ocorridos recentemente no município, gerando preocupação e alerta entre os moradores.

A Polícia Militar realizou rondas pela região após ser acionada, mas até o momento não há informações sobre suspeitos presos ou sobre a recuperação do veículo. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

Foto: Reprodução

A premissa do estudante, é extremamente pertinente e lança luz sobre como a lógica do lucro capitalista pode se manifestar em tragédias sociais. A onda recente de intoxicações e mortes por metanol em bebidas adulteradas no Brasil pode ser entendida como um sintoma claro e brutal das contradições e crises do sistema capitalista.

O Metanol, a meu juízo, é a síntese da crise capitalista no crime, que parece não ter qualquer controle, seja no Brasil ou na Ucrânia, por exemplo. O metanol, um produto químico que custa muito menos que o etanol (álcool etílico) e é altamente tóxico, torna-se a matéria-prima ideal para a expansão de um mercado ilegal de altíssimo lucro e baixíssimo escrúpulo.

A tragédia não é apenas um ato criminoso isolado; é um reflexo sistêmico de fatores interligados. No cerne do capitalismo está a busca incessante pela maximização do lucro ($$$) e pela redução dos custos de produção ($$). O mercado ilegal aplica essa lógica de forma perversa:

O metanol é significativamente mais barato que o etanol. Ao substituí-lo na produção de bebidas alcoólicas, os falsificadores elevam drasticamente sua margem de lucro. Eles estão, literalmente, vendendo veneno por preço de bebida. Na ponta, o mercado de bebidas falsificadas, que no Brasil atinge proporções alarmantes (chegando a estimativas de que uma em cada cinco garrafas de vodka, por exemplo, possa ser falsificada), é impulsionado por uma parcela da população que busca produtos a preços muito abaixo do valor de mercado.

A desigualdade social e a precarização levam o consumidor a ser atraído pelo preço baixo, tornando-se, sem saber, o alvo final dessa lógica predatória. Investigações recentes sugerem uma ligação direta entre o metanol usado nas bebidas e o metanol, o importado ilegalmente, por exemplo, para adulterar combustíveis (gasolina). O metanol é usado para aumentar o volume do combustível, burlando a fiscalização e gerando lucros bilionários para o crime organizado.

Quando operações policiais fecham distribuidoras ou formuladoras ligadas ao crime que faziam essa fraude em combustíveis, o que acontece com o estoque de metanol? Em uma lógica capitalista, o crime organizado precisa “desovar” essa matéria-prima, transformando o “prejuízo” em uma nova linha de lucro. O crime se “reestrutura” (ou se “reinventa”, e o metanol é canalizado para a falsificação de bebidas, transferindo o risco e a morte para o consumidor final.

A intensidade dessa crise está diretamente relacionada à fragilidade dos mecanismos de controle do Estado, uma fragilidade que muitas vezes beneficia, indiretamente, o capital ilegal: Em tese, a fiscalização robusta é vista, na lógica do Estado Mínimo (ou do ajuste fiscal permanente), como um custo a ser minimizado. A falta de controle efetivo na cadeia de distribuição de produtos químicos e bebidas, bem como a ausência de rastreabilidade (como a retirada da obrigatoriedade de selos de controle em certos momentos), cria um ambiente propício para a fraude.

Esta não é a primeira onda de intoxicações por metanol no Brasil. Casos semelhantes ocorreram no passado, como na Bahia em 1999. A recorrência indica que o problema não foi tratado em sua raiz estrutural, o que demonstra uma falha crônica do Estado em proteger a saúde pública frente à ganância do mercado ilegal.

Portanto, ou por fim, essa onda de crimes com metanol é um exemplo trágico de como o imperativo do lucro, a qualquer custo, se manifesta em uma sociedade com profunda desigualdade e falhas de fiscalização. A vida do consumidor torna-se apenas uma externalidade negativa (um dano colateral) aceitável na contabilidade macabra do capital criminoso. É uma tragédia ao vivo, e que precisa ser banida de nosso meio.


Joilson Bergher/Educador Brasileiro!