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Postura do Brasil de não condenar Irã é decepcionante, diz embaixador de Israel

Postura do Brasil de não condenar Irã é decepcionante, diz embaixador de Israel

Foto: Agência Brasil

Ao se pronunciar, neste domingo (14), o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou que é decepcionante que o Itamaraty não tenha condenado diretamente o Irã pelos ataques lançados no sábado (13) contra Israel.

O ministério das Relações Exteriores afirmou acompanhar com “grave preocupação” os “relatos de envio de drones e mísseis do Irã em direção a Israel”, disse em nota disparada no sábado (13).

“Nós esperávamos algo mais decisivo do Itamaraty. Vamos dizer, uma condenação de um ataque desse porte contra Israel. E não aconteceu. Você viu o anúncio e não é algo que condena esse ataque. Nós achamos que é decepcionante que não seja uma clara condenação da situação. Mas este foi o anúncio oficial do Itamaraty e temos que viver com isso. Eles precisam viver com isso”, afirmou Zonshine . O diplomata está desde sexta (12) em Israel com familiares. A entrevista foi feita por videoconferência.

Zonshine afirma que o ataque iraniano foi “direto e óbvio”. A falta de qualquer margem de dúvida sobre a autoria, prosseguiu Zonshine, é a principal razão pela qual Israel contava com um posicionamento diferente do Brasil.

“O Brasil se define como um país que defende a paz e a resolução de conflitos de forma pacífica. E quando existe um ataque desse porte, direto, óbvio, nenhuma situação pouco clara… então a expectativa era ouvir de uma forma mais clara. O fato de o Brasil não ter feito isso você tem que perguntar ao Itamaraty. Por que não fizeram? Se tem a ver com a crise diplomática que estamos vivendo ou algo a mais, eu não sei. É algo que você deveria perguntar ao Itamaraty”.

Brasil e Israel estão imersos em uma crise diplomática desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante uma viagem à Etiópia em fevereiro, comparou a ofensiva militar israelense em Gaza à decisão de Adolf Hitler de matar os judeus, numa referência ao Holocausto. Fonte: Bahia.ba

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